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  • Por: Benjamin Maia

A MATRIX DO PODER E DO DINHEIRO - QUEM CONTROLA A MÍDIA NO BRASIL?


Cinco famílias controlam metade dos 50 veículos de comunicação com maior audiência no Brasil. A conclusão é da pesquisa Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media Ownership Monitor ou MOM), financiada pelo governo da Alemanha e realizada em conjunto pela ONG brasileira Intervozes e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), baseada na França.”

“A pesquisa acompanha um ranking de Risco à Pluralidade da Mídia, elaborado pela Repórteres Sem Fronteiras, no qual o Brasil ocupa o 11º e último lugar. Nos DEZ INDICADORES DO RANKING, o País apresenta risco "alto" em seis deles, como concentração de audiência e salvaguardas regulatórias”.

‘Este levantamento faz parte de um Projeto Global do Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, cujo objetivo é promover a transparência e pluralidade na mídia ao redor do mundo.”

“Está na sua 11ª versão, e anteriormente já havia divulgado estudos semelhantes no Camboja, Colômbia, Filipinas, Mongólia, Gana, Peru, Sérvia, Tunísia, Turquia e Ucrânia. Aqui no Brasil foram listados os 50 maiores veículos de comunicação. Constatou-se que 26 deles são controlados por apenas 5 famílias. O maior é o da “Família Globo”, que detém nove dos 50 maiores.”

“Ainda temos a “Família Saad”, dona do Grupo Bandeirantes, a “Família Macedo”, dona da Record(cinco veículos), a “Família Sirotsky”, dona da RBS(quatro veículos), a “Família Frias”, dona do Grupo Folha - (três veículos).”

“Se somarmos o grupo Estado, do jornal O Estado de S.Paulo; o grupo Abril, da revista Veja; e o grupo Editorial Sempre Editora, do jornal O Tempo, são oito famílias controlando 32 dos 50 maiores veículos, ou 64% da lista.”

“O PODER DA GLOBO É TÃO GRANDE, que sozinha ela tem mais audiência que o 2º, 3º, 4º e o 5º.” – Fonte: Carta Capital.

Neste artigo, Carta Capital esqueceu de citar o Grupo SBT – de Sílvio Santos, mas na ampla reportagem do Media Ownership Monitor – MOM “QUEM CONTROLA A MÍDIA NO BRASIL?”, há um capítulo especial, dedicado às TELEVISÕES, nele há a inclusão do SBT.

“O Brasil possui um número representativo de políticos donos ou acionistas de meios de comunicação. No Congresso Nacional, por exemplo, 32 deputados federais e 8 senadores da atual legislatura são proprietários de emissoras.

Entre as maiores redes de TV e de rádio ou impressos, universo pesquisado no MOM, poucas mídias têm entre seus proprietários um ocupante de cargo público. Mas isso não significa a inexistência dessas relações. Ao contrário, elas são bastante estreitas e constituem-se como uma das características centrais das comunicações brasileiras.”

Tão antigo como o próprio Rádio é seu uso político para que haja uma perpetuação de coronéis eletrônicos no poder. Leia mais aqui. Em todo o País, quase 100 prefeituras são comandadas por donos de rádio locais. Veja mais em Coronelismo, antena e voto, a apropriação política das emissoras de rádio e TV. Veja mais aqui neste estudo de Suzi dos Santos sobre o Coronelismo Eletrônico: OS PRAZOS DE VALIDADE DOS CORONELISMOS - a circunscrição a um momento de transição do sistema político nacional como herança conceitual do coronelismo ao coronelismo eletrônico.

“Para a seleção dos 17 veículos de mídia impressa que compõem a pesquisa, utilizamos os dados de tiragem auditados pelo IVC – Instituto Verificador de Comunicação, ao longo do ano de 2016. Há um número maior de veículos impressos do que de outras mídias no MOM-Brasil porque a concentração da audiência por veículo é menor neste segmento, sobressaindo jornais regionais de grande importância. Entre os veículos listados pelo IVC, consideramos jornais diários de circulação paga de abrangência nacional, jornais que pautam o debate nacionalmente e jornais regionais de grande circulação. Além disso, consideramos as revistas impressas semanais de atualidades. Vários dos jornais são dos mesmos conglomerados de mídia. Um dos destaques do conjunto é o crescimento dos jornais chamados populares entre aqueles de maior tiragem, superando jornais nacionais que são definidos como “jornais de referência””.

Revista Fórum – Surpreendentemente no meio destes gigantes

Sem dúvida alguma, é uma excelente reportagem conjunta esmiuçando em detalhes QUEM CONTROLA A MÍDIA NO BRASIL? A imprensa também é conhecida como O QUARTO PODER, e deveria servir como agente fiscalizador da sociedade dos eventuais abusos cometidos pelos outros TRÊS PODERES: Executivo, Legislativo e Judiciário. Através de processos científicos de apurações e investigações, a imprensa deveria levar ao conhecimento do público, todos os atos ilegais, ilícitos e corruptos. Além dos malfeitos de qualquer setor da sociedade. Mas, infelizmente não é o que acontece. O que vemos é um “assenhoramento” e uma associação da GRANDE IMPRENSA com os outros Poderes, transformando-a em sócia do Poder estabelecido. Obviamente mediante uma ótima compensação financeira e, MAIS CONCESSÕES, MAIS PODER. Em Minas Gerais o Deputado Rogério Correia definiu isso como “Lema dos Três Mosqueteiros”: UM POR TODOS, E TODOS POR UM. Onde o Poder Executivo era “blindado” pelos outros Poderes e ao mesmo tempo protegia e financiava os outros três (incluindo imprensa, o quarto poder).

Há um artigo, da Dra. Carla Candida Rizotto, Mestre em Comunicação e Linguagens pela Universidade Tuiuti do Paraná, que narra a CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO PODER NA MÍDIA NO BRASIL: O SURGIMENTO DO QUARTO PODER, este artigo foi parte de sua pesquisa de Doutorado. Ela discorre “a respeito das relações comunicacionais, dos efeitos e dos contratos comunicacionais do chamado “quarto poder”, representado pela mídia, e o “QUINTO PODER”, representado por experiências de resistência às influências midiáticas...”

“Uma sociedade só pode ser democrática se as diferentes opiniões e culturas que a compõem tiverem espaço para se manifestar. O direito à comunicação é indissociável do exercício da cidadania.”

O chamado “Quinto Poder”, poderia ser classificado como o poder exercido pelas MÍDIAS PÓS-MASSIVAS, que tem na INTERNET seu maior e melhor representante, e na liberdade de ação e expressão o seu maior patrimônio. As mídias pós massivas têm crescido muito. Com isso tem ameaçado e encurralado as mídias massivas, confrontando-as com suas incoerências e ameaçando seu Poder tradicional. Mas as mídias massivas ainda contam com o Poder do dinheiro advindo das altas verbas publicitárias.

Um dos maiores expoentes do “Quinto Poder” é Julian Assange, fundador do WikiLeaks. Recentemente lançaram o filme “O QUINTO PODER”, mas “Os responsáveis pelo WikiLeaks resolveram se manifestar oficialmente contra o filme”, pois segundo eles, é um filme parcial, e mostra uma ficção sendo exibida como realidade. “O site também desmente e critica diversos pontos”. O Wikeleaks publicou o roteiro do filme antes de seu lançamento. Neste texto (em inglês) eles mostram como deveria ser o roteiro do filme O Quinto Poder e DIZ QUE O FILME É PREJUDICIAL. Veja também aqui.

Nós, do Canal Notícias Comentadas, obviamente pertencemos ao QUINTO PODER, e nosso objetivo é fomentar nas pessoas uma maior capacidade de discernimento e raciocínio, sempre nos balizando na divulgação dos fatos com base em dados e embasamento técnico, e não em “achismos” e/ou ilações, como muitos fazem por aí. Junto com outros Canais informativos, nos apresentamos como mais um mecanismo de esclarecimento e busca da verdade, tão ausente e raro de se encontrar nas GRANDES MÍDIAS TRADICIONAIS.

A MATRIX DO PODER E DO DINHEIRO

Depois João Roberto Marinho respondeu ao The Guardian com uma carta.

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